Caiapônia
Goiás
Caiapônia é um município brasileiro do estado de Goiás. Foi criado em 29/07/1873 pela Resolução Provincial nº 508/73. Localiza-se no sudoeste goiano. Sua população em 2022 é de 16.513 habitantes, distribuídos em uma área de 8.627,961 km².
A lei Orgânica Municipal de Caiapônia, promulgada em 1990, dispõe no § 1º do artigo 2º que são símbolos do município a bandeira e o brasão municipal, representativos de sua cultura e história.
A bandeira e o brasão foram instituídos em 1974, pela Lei Municipal nº 514/74, sancionada pelo Prefeito Aldimiro Pereira da Costa.
O município também possui um hino, não oficializado em lei.

Hino Municipal
(Não oficializado em lei)
Letra e música: Sidney Zambellini
Rio Bonito foi seu nome
Respeitado pela lei civil
Hoje é Caiapônia
Coração do meu Brasil
Falando de esporte
Praticamos a natação
E como cartão de visitas
Hoje temos o Gigantão
As verdes matas ao seu redor
Suas igrejas e seus velhos muros
Seu campo santo vamos recordar
Recordaremos tudo mesmo a solidão
Sentado em suas calçadas
Miro infinito com olhar tão meigo
Eu lembro de histórias passadas
Que aconteceram em seu próprio leito
As verdes matas ao seu redor
Suas igrejas e seus velhos muros
Seu campo santo vamos recordar
Recordaremos tudo mesmo a solidão
História do Município
Apesar dos escassos registros existentes, sabe-se que uma caravana encabeçada por José do Carmo Goulart de Andrade e sua esposa Maria Leopodina Vilela Junqueira, compondo o grupo, também parentes, amigos e escravos do casal, vindos de Minas Gerais, principalmente das cidades de São João Del Rei, Prata e Sacramento, adentram ao sertão goiano e, trazendo consigo apenas um pequeno rebanho bovino, chega à região e aqui se instala em meados de 1839.
Em 1845, é construída a primeira capela em devoção ao Divino Espírito Santo, padroeiro da comunidade, a partir daí o povoado começa a adquirir aspecto de cidade com aparência das existentes ao Sul de Minas Gerais cuja base econômica se dava apenas pela criação de gado e cultivo de lavoura para subsistência da população local.
Desta forma, seduzidos pelas terras rudimentares de Goiás, mais imigrantes, procedentes também de Minas Gerais, chegam à região do sudoeste goiano.
Outro fato importante é que as famílias desbravadoras necessitavam documentar as terras que ocupavam e, como já se encontrava em vigência o Decreto Imperial nº 1.318 de 1854 (Lei das Terras), que regulavam a concessão de títulos paroquiais de terras devolutas. Com isso, o Senhor José do Carmo Goulart de Andrade e sua esposa Maria Leopodina Junqueira Vilela, resolveram ir à Capital da Província de Goiáz, a época Cidade de Goiás, requer 4 (quatro) lotes dessas terras, localizadas na bacia do Rio Caiapó, Rio Claro e Rio Bonito. Os quais foram concedidos em 1856.
Por se tratar de vasta área de terras, era necessário que alguém de confiança fizesse a distribuição dessas terras, assim trouxeram um padre por nome de Antônio Dias Pais de Couto o qual formalizou e distribuiu os lotes de terras às famílias colonizadoras. Posteriormente, fizeram os registros dos títulos concedidos no Livro de Tombo. Sendo que hoje tais livros, encontram-se arquivados na Procuradoria Geral do Estado de Goiás.
As terras foram divididas das seguintes formas: Fazenda Três Pontes, ficando para o casal Capitão José Junqueira Vilela e Maria Esméria Vilela; Fazenda Campo Belo para Joaquim José Junqueira Vilela e sua esposa Antônia Maria Vilela; Fazenda Babilônia para o casal Gabriel Junqueira Vilela e Felicidade Esméria Vilela e, por derradeiro, Fazenda Torres do Rio Bonito para o casal José do Carmo Goulart de Andrade e Maria Leopodina Junqueira Vilela. Em 1881, o Senhor José do Carmo veio a falecer, deixando 3 (três) filhos. Um deles, por nome de Manoel Joaquim Vilela "Major Neca", casou-se em 1864 com sua prima, Ana Cândida Vilela - filha de Joaquim José Junqueira Vilela e Antônia Maria Vilela, também fundadores do município e, assim, deram continuidade à obra de seus pais.
Pelo fato das terras do senhor "Major Neca", Fazenda Torres do Rio Bonito, se encontrarem bem localizadas geograficamente, ou seja, o famoso acidente geográfico "Gigante Adormecido" o qual se encontrava no vale do Rio Bonito, com uma altitude privilegiada e ainda por conter o córrego (buriti) que se prestou a fornecer água às pessoas daquela época, foi feita uma doação de cerca de 700 (setecentos) alqueires em favor da capela do Divino Espírito Santo, padroeiro do povoado, para a formação da comunidade.
O lugarejo, em 1864, recebeu o mesmo nome da terra da qual se originou, isto é: Torres do Rio Bonito. Com o passar do tempo e o progresso fazendo-se presente, criou-se o Distrito das Torres do Rio Bonito (Lei Provincial nº 01 de 05 de novembro 1855), àquela época pertencente ao Município de Vila Boa (Cidade de Goiás). Anos mais tarde, o distrito das Torres do Rio Bonito é transferido para jurisdição do município de Rio Verde. Não demorou muito e o Distrito, em 29 de Julho de 1873, com advento da Lei Provincial nº 508, passa à condição de Município, desligando-se de Rio Verde e passando também a se chamar Rio Bonito.
Em 1917, o então fundador do Município o Senhor Major Neca falece, deixando 4 (quatro) filhos: Joaquim Antônio Goulart Vilela; Umbelino Goulart Vilela; Ana Teodolina Vilela e Petrônilha Maria Vilela. Sendo que está última veio a ficara com toda a documentação existente sobre a fundação do Município.
O casal - Petronilha e Antônio Zecarias de Andrade-teve 4 (quatro filhos): Manoel Zacarias de Andrade; Sebastião Zacarias de Andrade; Brasilina Maria Vilela e Ana Goulart de Andrade (mutosa).
Importante salientar, que Ana Goulart de Andrade casada com João Batista da Luz é a única neta existente, até a data de hoje - 08 de outubro de 2006, do fundador de Caiapônia Manoel Joaquim Vilela (Major Neca). Oportuno destacar a passagem da coluna preste, comandada pela tropa legalista do Major Bertoldo Klinger em 5 de julho de 1925. Os revoltosos (como eram chamados) provocaram incêndios em varias propriedades, além de assassinarem 3 (três) funcionários da Fazenda Monte de propriedade do Senhor Antônio Zacarias de Andrade. Também queimaram boa parte dos registros da história de Rio Bonito.
O nome Rio Bonito permaneceu-se até o ano de 1943, quando veio o Decreto Lei 8.035/1943 e, com isso, o Município passa a se chamar Caiapônia, nome que até a presente data tem-se ostentado. Caiapônia tem o privilégio de ser uma terra abençoada por Deus, pois é um verdadeiro paraíso natural. Aqui estão as mais belas cachoeiras, nascem os mais importantes rios, tem as mais belas serras e grutas, além, é claro, de contar com um povo honesto, trabalhador, hospedeiro e que se orgulha da terra onde vive.
Origem do Nome
Formação Administrativa
- Distrito criado com a denominação de Torres do Rio Bonito, pela lei ou resolução provincial nº 1, de 05-11-1855, subordinado ao município de Goiás.
- Pela resolução provincial n° 2, de 02-06-1869, o distrito de Torres do Rio Bonito é transferido do município de Goiás para o município de Rio Verde.
- Elevado à categoria de vila com a denominação de Torres do Rio Bonito, pela resolução provincial nº 508, de 29-07-1873, desmembrado de Rio Verde. Constituído do distrito sede. Instalado em 07-01-1874.
- Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município já denominado Rio Bonito é constituído do distrito sede.
- Pelo decreto nº 4, de 13-12-1930, é criado o distrito de Baliza e anexado ao município de Rio Bonito.
- Em divisão administrativa referente ao de 1933, o município aparece com 3 distritos: Rio Bonito, Bom Jardim e Baliza.
- Pela lei estadual nº 91, de 27-10-1936, alterado em seus limites pelo decreto-lei nº 5911 de 11-07-1942, desmembra do município de Rio Bonito os distritos de Baliza e Bom Jardim, para formar o novo município de Baliza.
- Pelo decreto-lei estadual nº 8305, de 31-10-1943, o município de Rio Bonito passou a denominar-se Caiapônia.
- Pela lei municipal nº 87, 11-11-1952, é criado o distrito de Piranhas e anexado ao município de Caiapônia.
- Pela lei estadual nº 812, de 14-10-1953, desmembra do município de Caiapônia o distrito de Piranhas. Elevado à categoria de município.
- Pela lei estadual nº 7.188, de 12-11-1968, é criado o distrito de Palestina e anexado ao município de Caiapônia.
- Pela lei estadual nº 7.215, de 13-11-1968, é criado o distrito de Doverlândia e anexado ao município de Caiapônia.
- Pela lei estadual nº 9.196, de 14-05-1982, desmembra do município de Caiapônia o distrito de Doverlândia. Elevado à categoria de município.
- Pela lei estadual nº 10.404, de 30-12-1987, desmembra do município de Caiapônia o distrito de Palestina. Elevado à categoria de município com a denominação de Palestina de Goiás.
- Em divisão territorial datada de 2003, o município é constituído do distrito sede.
- Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2024.
Galeria de Prefeitos
Localidades e Mapas
02. Aeroporto II 03. Alto do Gigante
04. Andrade 05. Canal
06. Carrinho doPrado
07. Central (Centro)
08. Faria
09. Jarbas da Costa
Ribeiro
10. Jardim Goiás
11. Joaquim Custódio dos Santos
12. Moraes13. Morada do Sol
14. Narciso Vilela15. Norte
16. Nova Caiapônia17. Nova Esperança
18. Oeste19. Pedro Cassimiro
de Oliveira
20. Santa Clara
21. Sul
23. Vila Nova
...